Hermano Freitas
2 min readNov 16, 2021

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O alvo preferido de uma metralhadora

Plantação de soldados para o front Ocidental (1925)

‘Os ataques soviéticos “eram executados por massas de homens que não tentavam se esconder, mas confiavam no puro peso dos números para nos esmagar”, escreveu ele. Num desses ataques, “as linhas de homens se estendiam para direita e esquerda da nossa frente, superando-a completamente, e toda a massa de soldados russos veio marchando sólida e incansavelmente à frente”. Ao descrever a imagem diante de si como “uma visão inacreditável, o alvo dos sonhos de um metralhador”, ele acrescentou: circulava o boato de que os comissários calculavam o número de metralhadoras que tínhamos, multiplicavam pelo número de balas por minuto que elas eram capazes de atirar, calculavam quantos minutos um corpo de soldados levaria para cruzar a área e acrescentavam ao número final mais alguns milhares de homens. Assim, alguns homens conseguiriam romper as nossas linhas […]. O alemão estava convencido de que o ataque que via tinha sido calculado precisamente daquela forma. A 600 metros abrimos fogo e seções inteiras da primeira onda simplesmente desapareceram, deixando aqui e ali alguns sobreviventes caminhando resolutamente para frente. Era estranho, inacreditável, desumano. Nenhum dos nossos soldados teria continuado a avançar sozinho. Quando as metralhadoras alemãs superaqueciam devido ao fogo contínuo, o lado soviético continuava a mandar mais ondas de soldados.’

(In: “A Batalha de Moscou”, de Andrew Nagorski)

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